A Virtude da Constância

Sempre lemos sobre assuntos que nos dão referencial para melhorarmos em um aspecto ou outro de nossas vidas. A busca por melhoras, pela superação, é algo inerente e próprio dos seres humanos enquanto a vida pulsa com o vigor próprio em cada uma de suas fases. Nesse sentido, estamos sempre experimentando coisas novas as quais acreditamos que nos possibilitarão alcançar aquilo que vislumbramos.

Para iniciar uma nova postura, que nos atrai, utilizamo-nos de ferramentas as mais diversas e conhecidas, tais como: a disciplina, a organização, o planejamento, dentre outras. Porém, é vital que tenhamos em mente e façamos uso de uma capacidade que servirá de combustível, e que precisará ser alimentada regularmente para dar prosseguimento à nossa marcha, e que é denominada CONST NCIA.

Da mesma forma como sempre verificamos o nível do óleo em nosso carro e a cada tanto tempo somos obrigados a renová-lo, a constância é uma qualidade muito importante a qual devemos dar uma atenção especial. É ela quem nos garantirá a manutenção de nosso ferramental, de nossas virtudes, a exemplo do óleo que manterá o bom funcionamento do motor, a lubrificação das engrenagens, proporcionando um deslizar sem muitos atritos.

Os atritos acontecem em maior escala quando não há uma boa lubrificação. Do mesmo modo, a disciplina perderá força se não houver constância. Ao aprendermos algumas coisas que nos proporcionarão melhoras em nossos desempenhos, precisaremos da disciplina para criar uma série de repetições que se transmutarão em hábitos e que serão incorporados em nosso quotidiano.

Mas não basta um pouco de disciplina para se conseguir criar bons hábitos. É muito difícil mantê-la dia após dia, mês após mês, ano após ano. De acordo com a Lei dos Ciclos, tudo na natureza passa por um período de expansão, crescimento, retração e introspecção, para novamente retornar o ciclo expansivo. A disciplina também sofrerá essa influência e num determinado momento ela perderá impulso e se retrairá.

Não há nada de errado nesse momento. É uma retração que servirá para avaliarmos o que ainda não está bem e integrado em nossa expansão para que receba o mesmo impulso e crescimento. Só temos que ter o cuidado para que essa retração não mate a energia que nos impulsiona, eliminando nossa disciplina.

É nessa hora que fazemos o uso do nosso óleo lubrificante, eliminador de atritos, a Constância. Sempre que nos sentirmos enfraquecidos temos que tê-la em vista para que a utilizemos no momento oportuno. No exemplo do carro, temos que planejar qual será o melhor momento para pararmos e efetuarmos a troca do lubrificante.

Já, com a constância, precisamos sentir o momento em que a energia disciplinadora precisa de novo alento. Aqueles que estão muito preocupados com coisas supérfluas vão perdendo a sensibilidade de observar o movimento inerente que está por trás de todas as coisas. Daí ser importante nos dedicarmos a conquistas que beneficiem o maior numero de pessoas, uma vez que somos seres designados a viver em sociedades, cujas necessidades, dentro da coletividade, são afins com a harmonia e o equilíbrio, visando o bem comum.

Pensadores do mundo todo são unânimes em dizer que um diretor que visa somente seu equilíbrio e benefício está fadado ao próprio fracasso e de sua corporação. Ao longo da história temos exemplos pontuais com corporações enormes e bem consolidadas que acabaram quebrando. Precisamos nos fortalecer e cultivar essa qualidade inerente às pessoas de sucesso, a Constância.

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