Integração Harmônica

Uma tendência em muitas de nossas atividades é o perfeccionismo. Imaginamos coisas, situações, atitudes, criamos metas, projetos de vida, e queremos levar à ação nossos anseios, muitas vezes a qualquer custo.

Quando colocamos algo em nossas cabeças, tudo o mais fica em segundo plano, o que estava em segundo plano fica em terceiro e assim, um elemento novo, à espécie de um vírus que penetra em um organismo, altera toda a harmonia que vinha sendo mantida.




Muitas vezes um novo cliente é priorizado em função de seu grande potencial, ficando para segundo e terceiro planos o que já estava na produção, as ações básicas e necessárias que estavam programadas como, por exemplo, arquivamentos, reestruturações diversas, treinamentos, etc. O cliente novo, como o vírus, pode causar danos muito grandes se não houver uma ação harmonizadora que o controle e dirija.

Dependendo do potencial do novo cliente, o estrago poderá ser enorme, ou então, fazer parte de mais um pequeno estrago dentre os inúmeros que desembocarão, finalmente, num problema grave.

Muitas vezes fazemos projetos de trocar de carro, de casa, iniciar um curso, uma dieta e, da mesma forma que o nosso exemplo do cliente, priorizamos o projeto e deixamos de lado pequenas ações, de importâncias “menores”. Sem dúvida a roda da vida vai girar em seu eixo e virá cobrar todas as pequenas coisas que foram colocadas de lado e, o que é pior, nesse momento encontram-se em outro ritmo, tal qual um livro deixado de lado, quando retomada a sua leitura, perde-se o fio da meada, qual o carro que em velocidade de estrada, ao iniciar uma subida atrás de um veículo lento precisa retomar sua aceleração.

Nesse sentido, é fundamental que o novo seja bem integrado e isso só é possível quando nos voltamos para um estudo prévio à sua assimilação, com muito critério. É preferível que antes, durante e depois da integração sejam mantidas todas as coisas que já vinham sendo desenvolvidas e que foram iniciadas, as fundamentais, que já estavam planejadas e em curso de execução.

Do contrário, é melhor deixar de lado o elemento novo de grande potencial. Se ele for comprometer a harmonia de todo o conjunto, ele deverá ser colocado de lado. Como diz o ditado: antes um pássaro na mão do que dois voando.

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